O primeiro relato de um culto realizado por assembleianos em Cambé tem registro após a chegada da família Paiva à Fazenda Fulgante em 1950. Logo após a sua chegada, Moisés Paiva e seu irmão foram a procura do diácono Marcos Ramos, em uma cidade vizinha, e solicitaram um culto doméstico. Este diácono era um homem simples, porém, quando falava, as pessoas sentiam o agir do Espírito. No dia da realização do culto doméstico solicitado Jesus batizou alguns membros da família Paiva com O Espírito Santo.
O pequeno grupo, que era formado pelos membros da família Paiva, aos poucos foi crescendo, e os cultos começaram a ser realizados em outras fazendas da região, tais como: Delalíbera, Vitoreli e Santa Maria.
No ano de 1953 alguns dentre este pequeno grupo de irmãos que se formava decidiram iniciar alguns cultos em uma região mais próxima ao centro da cidade. De início o endereço escolhido era novamente uma residência doméstica, situada à rua Bom Sucesso. Após um curto período de tempo, os irmãos receberam novamente a visita do diácono Marcos Ramos, e este propôs que os irmãos dessem um passo além e alugassem um salão para os cultos. Assim os irmãos fizeram. No mesmo ano alugaram o primeiro salão sito à Avenida Inglaterra, 198. Neste primeiro período em que a Igreja começava a se estabelecer na cidade o jovem Moisés Paiva encontrava-se à frente do trabalho.
Após algum tempo o dono do salão se entregou a Cristo, e através dele muitos de sua família, que residiam em outras cidades, foram alcançados pelo poder do Evangelho. Naqueles cultos realizados com muita simplicidade o Espírito Santo agia na vida daqueles crentes levando-os a pregar que Cristo salva, cura, batiza e em breve voltará. Esta mensagem, que expressa muito bem algumas das principais doutrinas do Movimento Pentecostal, estava presente na boca e no coração daqueles irmãos.
Durante três anos os cultos foram transferidos de local por diversas vezes. Em 1954 os irmãos se mudaram para a Rua Portugal, 314. E no mesmo ano para a Rua Papa João XXIII, onde por três meses os cultos foram realizados em uma garagem de carroças.
O ano de 1956 é uma data memorável nesta história. Neste ano a Igreja em Cambé recebeu a visita do missionário sueco Leif Anderson, e este propõe a compra do primeiro terreno próprio. Na compra do terreno os irmãos negociaram diretamente com a Companhia responsável pelo loteamento da região, seu valor: Cr$ 40.000,00. Quando o dono soube que o terreno seria vendido a uma igreja, este abateu o preço para a metade de seu valor real. Para a compra os irmãos não tinham condições. Porém o missionário Leif Anderson contribuiu com algumas ofertas que ele recebia da Suécia, e este dinheiro foi suficiente para aquisição do primeiro terreno, que encontrava-se localizado na Rua Estados Unidos.
Logo após a compra os irmãos procuraram uma casa de madeira que porventura estivesse à venda. Encontrada esta casa, o missionário Leif Anderson comprou-a, e um mutirão de irmãos a desmanchou e utilizou suas madeiras para a construção do pequeno tempo, que ficou pronto em poucos dias.
No mesmo ano, os irmão resolveram vender o terreno e adquirir um mais próximo ao centro. Então neste ano, após a venda deste primeiro terreno, adquiriu-se um terreno na Rua Dinamarca, 90, onde a Igreja permaneceria por um pouco mais de vinte anos, isto é, até aproximadamente 1977.
O Templo da Rua Dinamarca não era um grande e suntuoso santuário. Ao contrário, era também um pequeno templo de alvenaria de aproximadamente uns 50 metros quadrados. Mas naquele Templo reuniam-se pessoas que estavam sendo tocadas e transformadas pelo poder do Evangelho.
O jovem Moisés Paiva permaneceu à frente do trabalho até o ano de 1958, quando assume a direção o Irmão Norberto Vicente. Após algum tempo de trabalho este é substituído pelo Irmão Jozino Antônio, e nesta época Cambé já era ligado a Londrina e tinha como Presidente o Pastor Ivo Luiz de Souza. Durante este tempo, o Irmão Moisés Paiva permaneceu auxiliando nos trabalhos, e em 1962, quando da mudança do Irmão Jozino, assume novamente a direção do trabalho.
No ano de 1964 o irmão Moises Paiva foi consagrado pelo pastor Ivo ao diaconato. Porém, como responsável pela congregação é empossado o Presbítero José Elias, que permanece na liderança até 1966.
Em meados de 1964 a Igreja parte em direção a uma nova empreitada: a construção de um tanque batismal. E o secretário Daniel Rocha comenta em ata de Outubro de 1964: “Depois [o presbítero José Elias] falou também sobre a construção do tanque batismal, o qual, com a graça de Deus e a inteligência aplicada, ficou baratíssimo”.
Ao mesmo tempo em que aquele pequeno grupo de irmãos se reuniam neste pequeno templo, nas fazendas o evangelho continuava sendo pregado, cultos realizados e vidas salvas. Neste início da história da década de 60 diversos irmãos aceitam a fé, e são batizados, como, também, a Igreja recebe irmãos vindos de outras cidades. Porém, a Igreja ainda permanecia com um número pequeno de membros.
Os louvores nos cultos eram acompanhados por diversos irmãos que, incansavelmente, colocavam seus instrumentos e dons musicais à serviço da obra do Senhor. Dentre os músicos que havia na Igreja no final da década de 60 podemos citar os irmãos Quintino Gomes de Araújo, Antônio Lúcio e Valdomiro Flora. Os cultos não se limitavam ao interior do Templo, mas estes irmãos, cheios do Espírito Santo e impulsionados por esta chama que alimenta a pregação do evangelho, saíam também as ruas, e mesmo sem o auxílio de nenhuma aparelhagem de som tocavam seus instrumentos, cantavam, e pregavam que Jesus salva, cura, batiza com o Espírito Santo e em breve voltará.
Durante o pastorado do Presbítero José Elias, em 1965 é criado a Comissão de Senhoras, com o objetivo de visitarem e orarem pelas famílias. Nesta ocasião as irmãs escolhidas para a direção de tal departamento são: Maria Aparecida de Almeida e Angelina Pepiliasco.
Após a saída do Irmão José Elias em 1966 assume a liderança da Igreja, por um considerável período de tempo, o Irmão Manoel de Oliveira. Este novo dirigente do trabalho possuía uma pequena máquina de costura portátil, e de posse da mesma fazia muitas viagens confeccionando capas de bíblias e harpas, e também se dedicava a venda de literatura. Neste tempo, devido os longos períodos de ausência do dirigente, destacaram-se alguns obreiros que estavam dispostos a auxiliarem nos períodos de ausência do pastor: Irmão Celestino Alves de Souza, Joaquim Dias Barbosa, Quintino Gomes de Araújo, João da Silva Leite, e Benedito Valdomiro Flora. E assim o trabalho não ficava comprometido durante os longos períodos de ausência do dirigente, mas mesmo assim os irmãos podiam se reunir para louvarem a Deus e pregarem a palavra.
O Irmão Benedito Valdomiro Flora, que havia chego com sua família em 1966 e na época ainda não contava com trinta anos, foi instituído como diretor da parte musical da igreja em janeiro de 67, e muito contribuiu à liderança daquela Igreja.
Vencido o tempo da liderança do Irmão Manoel de Oliveira, o trabalho é colocado sob a liderança de um jovem solteiro, e seminarista do IBAD, por nome de Manoel de Oliveira. Após sua posse, passado alguns dias, segue em direção à cidade de sua noiva, lá eles se casam e em seguida o jovem casal retorna para a liderança da congregação. A esposa do pastor era uma jovem, também seminarista, que o auxiliou muito no período em que estiveram na liderança. A irmã Carmem Oliveira, como ela se chamava, era amável e tinha uma forma muito peculiar de tratar com as irmãs, e sob sua coordenação formou-se o primeiro coral de mulheres da igreja.
Também passaram pela direção da congregação os obreiros Osnir Souza Lima, Nonato Jordão, José Nascimento, e o jovem evangelista Mauro Ferreira, filho do então pastor presidente do campo de Londrina, Pr. Joaquim José Ferreira. Era um jovem agraciado por Deus com o dom da palavra, solteiro e tinha por volta de seus 20 anos de idade.
Em meados da década de 70 chega a Cambé o Irmão João Teixeira, um homem simples, mas que, por se colocar à disposição da causa do Senhor contribuiu para a fundação de uma de nossas congregações: Jd. Ana Rosa.
Após sua saída toma posse novamente o Pb. Nonato Jordão. Um fato que marcou esta segunda passagem por Cambé foi que o então pastor presidente de Londrina, Joaquim Ferreira, resolveu vender o terreno da igreja, que por longos vinte e anos permaneceu localizado na região central da cidade. O clima que se instaurou entre os membros não foi muito amistoso frente à decisão do pastor, porém o terreno já havia sido vendido e com o dinheiro compraram o atual terreno em que se localiza, hoje, o Templo Central, no Jardim Alvorada.
Depois da mudança do Templo, na década de 80 inicia-se um período de crescimento da obra. Por este tempo passaram pela direção da igreja os pastores: Sebastião Emílio, Daniel Padilha, Oliveira de Jesus, Samuel Azevedo e Carlos Zacarkim. Nesta década participaram no grupo de jovens muitos que hoje estão envolvidos com a obra do Senhor, tais como: Pr. Vanderlei Flora, atual presidente da IEDCAM, e sua esposa Irmã Lídia, Pr. José Manoel Catarino, Pr. Vicente Paulo Mariano, atual presidente da IEAD em Altônia, e sua esposa irmã Elisamara, Pr. José Carlos dos Santos, dirigente da congregação do Guarani, e sua esposa Rosemara e o Pr. Osmar Lucas e sua esposa Dalva, entre outros.
Na década de 90 passam pela direção da congregação os pastores Israel Ramos, José Manoel Catarino, Moysés Ramos e Lourismel.
Sob a liderança do Pr. Jó Rossi Claudino inicia-se a construção do atual Templo Central. E em 2007 o Pr. Vicente Paulo Mariano assume a direção da obra e dá sequencia à construção, realizando algumas alterações e deixando o Templo no ponto de se iniciar o acabamento final.
O dia 3 de junho de 2008 é um marco histórico para os assembleianos da cidade de Cambé, pois neste dia ocorreu a emancipação da AD Cambé. Sob orientação divina o Pr. Moysés Ramos (Presidente AD Londrina) juntamente com o apoio da convenção das Assembleias de Deus do Paraná (CIEADEP), representada na pessoa de seu presidente Pr. Ival Teodoro, bem como de sua diretoria, oficializaram a emancipação de um dos mais novos Campos Eclesiásticos do Paraná.
Na ocasião foi dado posse ao Pr. Vanderlei Aparecido Flora como Presidente da AD Cambé juntamente com a primeira diretoria. Por ocasião da emancipação o Campo de Cambé passou a ser composto por sete congregações, mais o Templo Central (antiga AD Alvorada).
Redação: Cezar Flora
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